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Eles (Transformadores) são grandes, potentes e, por muitos anos, dominaram sozinhos o mercado.
Elas (Inversoras) são novas, possuem um visual moderno, são leves e compactas e, ainda assim, capazes de fazer tudo que eles fazem e, acreditem, até um pouco mais.
Dois equipamentos com características distintas e a mesma função. Estamos falando de máquinas de solda, especificamente, das alternativas entre a segurança do antigo e robusto transformador e a modernidade da nova máquina de solda inversora.
O mundo, cada vez mais aberto às escolhas de opções variadas em todos os campos de trabalho, também se apresentou ao mercado de soldagem. E isso leva a questionamentos novos como, justamente, o que dá título a este texto. Afinal de contas, qual a diferença entre transformadores e inversoras de solda? Quais elementos presentes em um e que estão também disponíveis no outro? E quais características são exclusivas de cada modelo?

 

Tamanho:

 

A diferença entre os produtos fica clara ao expor um ao lado do outro. Os transformadores de solda são equipamentos robustos, capazes de lidar com o ambiente das metalúrgicas, serralherias e oficinas que, normalmente, exigem materiais resistentes. As inversoras de solda, por sua vez, se destacam por serem compactas e, por consequência, fáceis de serem transportadas por alças fixas ou removíveis: e é aí que aparece o primeiro diferencial.
A máquina de solda inversora chegou ao mercado com a proposta de facilitar alguns trabalhos – especialmente os de manutenção – em locais nos quais seria difícil chegar com um transformador. Serviços de serralherias, que exigem operações em telhados, por exemplo, se tornam muito mais simples se o soldador tem à mão uma máquina leve e que pode ser levada a qualquer lugar. As inversoras chegam a pesar 30% de um transformador.

 

Potência:

 

A lógica diria que os parrudos transformadores são tão mais potentes quanto maiores que as pequenas e inovadoras soldadoras. Errado! A lógica, neste caso, é contrariada. A máquina de solda inversora é compacta no tamanho, mas gigante na potência. Elas operam na faixa dos 100 khz – enquanto seu antecessor trabalha na faixa dos 60 Hz – o que, na prática, faz com que a dissipação eletromagnética seja facilitada mesmo trabalhando com um transformador bem menor que o irmão mais velho.

 

Tecnologia:

 

Nesse quesito, a diferença entre transformadores de solda e inversoras se torna maior que uma simples questão de tamanho físico. A máquina de solda inversora se apresentou ao mercado amparada por circuitos eletrônicos. Na prática, isso significa mais eficiência e conforto nos momentos de mudança de corrente e tensão. Além disso, ela oferece ao soldador a possibilidade de trabalhar com um número muito maior de eletrodos. As melhores máquinas do mercado, mais modernas e eficazes, são capazes de soldar todo e qualquer tipo de eletrodo.
Outro ponto que merece destaque é a facilidade proporcionada pelos displays digitais disponíveis nas máquinas mais atualizadas. A regulagem de potência se torna mais simples e precisa.
Por outro lado, os transformadores possuem as limitações comuns a equipamentos concebidos sem a disponibilidade atual da tecnologia. São máquinas simples, com a limitação de trabalhar com eletrodos E6013/OK46 e suscetíveis a contratempos, como o eletrodo ficar grudado na peça quando há variação para uma tensão menor que 220 V.

 

Custo-benefício:

 

As modernas máquinas inversoras de solda são capazes de soldar qualquer tipo de eletrodo, e isso se torna um grande atrativo para a sua aquisição. Afinal de contas, o mesmo equipamento é capaz de realizar várias tarefas, soldando os mais diversos tipos de materiais. Apenas trocando o tipo de eletrodo, você pode soldar desde o aço inox até o ferro fundido.
Outra adaptação que pode ser feita facilmente é para a solda TIG. Com uma inversora de boa qualidade, é possível, apenas com uma tocha TIG e um cilindro de gás argônio, passar a soldar esse processo.
As transformadoras, por sua vez, como já dissemos, são limitadas nesses aspectos.

 

Ciclo de trabalho:

 

E quanto à eficácia do trabalho?
Os melhores transformadores costumam operar com ciclos de trabalho de 30% (ou seja, a cada dez minutos, pode-se utilizar a máquina por três minutos e é preciso deixá-la em descanso pelos outros sete minutos para que o equipamento se resfrie). No caso da máquina de solda inversora, essa capacidade sobe normalmente para algo em torno dos 60% (seis minutos de trabalho por quatro de descanso), reduzindo, sensivelmente, a necessidade de parada.
O mercado, contudo, já disponibiliza equipamentos com capacidade de operação em 100% do ciclo, ou seja, solda sem parar. Isso representa um evidente ganho de tempo e produção que, no fim das contas, significa economia e rapidez na entrega do serviço.
Com relação ao consumo de energia, ponto a favor da máquina de solda inversora, graças à sua tecnologia moderna, esse tipo de equipamento reforçado pela eletrônica se mostra comprovadamente mais eficaz na economia de energia. Sua economia pode chegar a 50% do gasto de um transformador de solda.

 

Em síntese:

 

Os dois equipamentos são úteis e podem muito bem trabalhar em complemento um do outro. Na verdade, esse seria o melhor dos caminhos.
Os bons e velhos transformadores continuam tendo uma função importante no processo de soldagem. Esses equipamentos robustos acabam tendo seu lugar em ambientes que exigem uma operação mais “rústica” e, ​ainda, são ​uma alternativa eficiente ​na ​soldagem ​com ​eletrodos ​revestidos.
Mas a tecnologia também dá amparo e torna mais eficientes os serviços do dia a dia. E, para isso, você pode contar com a agilidade e otimização de espaço de um equipamento moderno e com ciclo de operação mais eficiente, algo disponível nessas pequenas notáveis.

 

Fonte: www.boxer.com.br


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